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Em 20 de julho de 1736, Aleixo Teixeira, capitão-mor da Aldeia de São João do Apodi dos Tapuias Paiacus (atual Apodi), recebeu a carta de data da sesmaria de terras no alto da serra conhecida como Serra do Campo Grande (assim chamada em virtude da proximidade da povoação de Campo Grande), posteriormente conhecida como Serra da Conceição. Seis anos depois, Francisco Martins Roriz, habitante da Ribeira do Jaguaribe, na capitania do Ceará-Grande, fundou, no alto da serra, uma capela, dedicada à Nossa Senhora da Conceição (atual Igreja do Rosário), tomando posse daquelas terras situadas entre os rios Apodi/Mossoró e Umari.
Em 2 de novembro de 1840, é criada a paróquia de Martins, desmembrada da paróquia de Pau dos Ferros, tendo como primeiro pároco o padre Pedro José de Queiroz e Sá. A criação da paróquia foi um dos marcos da emancipação política do município, que ocorreu em 10 de novembro de 1841, através da lei provincial nº 71, desmembrado de Portalegre, com o nome de Maioridade, assim nomeada em homenagem à maioridade antecipada do imperador Dom Pedro II, ocorrida no ano anterior.
Em 1842, Agostinho Pinto de Queiroz tornou-se o primeiro intendente municipal, ocupando o cargo por dois anos. Nesse mesmo ano foi criada a comarca de Maioridade, a terceira da província do Rio Grande do Norte, depois de Natal e Assu. Em 30 de outubro de 1847, Maioridade passa a ser denominado Imperatriz, em homenagem à D. Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias, esposa de D. Pedro II e imperatriz do Brasil por quase meio século, desde 1843 até a queda do regime monárquico, em 1889. Através da lei provincial n° 35, sancionada pelo governador Pedro de Albuquerque Maranhão em 7 de julho de 1890, “Imperatriz” passa a ser definitivamente denominado de “Martins”, em referência a Francisco Martins de Roriz.
Quando emancipado, Martins se limitava a norte com Apodi, Portalegre a oeste e a Paraíba nas demais direções, detendo uma área territorial que ocupava boa parte do extremo oeste da província. Com o passar do tempo, através de leis provinciais/estaduais, essa área foi encolhendo devido aos sucessivos desmembramentos para a criação de novos municípios, até restar a área atual. De Martins foram desmembrados os seguintes municípios: Patu (25 de setembro de 1890), parte de Alexandria (7 de novembro de 1930), Umarizal (ex-distrito de Divinópolis, desmembrado em 27 de novembro de 1958), Antônio Martins (ex-Demétrio Lemos, 8 de maio de 1963), Frutuoso Gomes (ex-Mineiro, 20 de dezembro de 1963), Lucrécia (27 de dezembro de 1963) e Serrinha dos Pintos (31 de outubro de 1993). Nos dias atuais, o município é formado administrativamente pelo distritos de Martins, onde se localiza a sede municipal, e Salva Vida, criado pela lei estadual nº 2792, datada de 11 de maio de 1962.
Feriados municipais
Segundo a Associação do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (AMPERN), em Martins há dois feriados municipais, que são os dias 6 de janeiro, dia dos Santos Reis, e 10 de novembro, data de emancipação política do município.
Mapa político de Martins, com os distritos e limites municipais.
Martins está localizado na mesorregião do Oeste Potiguar e microrregião de Umarizal, estado do Rio Grande do Norte, distante 380 km de Natal, capital estadual, e 2 007 km de Brasília, capital federal. Ocupa uma área territorial de 169,464 km² e se limita a norte com Viçosa e Umarizal; a sul com Antônio Martins e Serrinha dos Pintos; a leste com Lucrécia e Frutuoso Gomes e a oeste com Serrinha dos Pintos e Portalegre.
O relevo do município, com altitudes variando entre 400 e 800 metros, é constituído principalmente pelo Planalto da Borborema, formado por terrenos rochosos antigos provenientes do período Pré-Cambriano, com as serras de Bom Princípio, Macapá, Martins, Mundo Novo e dos Picos, bem como os serrotes Jacu e do Saquinho; além da Depressão Sertaneja, que compreende uma série de terrenos de menor altitude, de transição entre o Planalto da Borborema e a Chapada do Apodi. O ponto culminante de Martins é o Serrote Jacu, com altitude de 820 metros.[15] Martins está situado em área de abrangência de rochas metamórficas que formam o embasamento cristalino, formados entre 1 bilhão e 2,5 bilhões de anos, assim como das rochas da Formação Serra de Martins, com idade de aproximadamente sessenta milhões de anos, originárias da idade Terciária inferior
Os tipos de solos do município são o latossolo vermelho amarelo, em áreas de relevo plano, com textura de argila e pouca fertilidade; os luvissolos ou solos bruno não cálcicos, pedregoso e característico de áreas onduladas, com nível de fertilidade entre médio a alto e textura formada por areia ou argila; e os neossolos ou solos litólicos eutróficos, de baixa profundidade, presente em áreas com relevo ondulado ou fortemente ondulado, além de ser altamente fértil e apresentar textura média.
Situado na bacia hidrográfica do Rio Apodi/Mossoró, os principais riachos são Corredor, Comissário, Forquilha, dos Picos e Sampaio. Os maiores reservatórios, com capacidade igual ou superior a cem mil metros cúbicos de água (m³), são Serrinha dos Pintos ou Valter Magno (1 472 000 m³), Lajes ou Serra Nova (1 200 000 m³), Ribeiro (873 000 m³) e Alívio (800 000 m³).[14][16]
A formação vegetal mais comum é a caatinga hiperxerófila, de pequeno porte, sem folhas na estação seca. Entre as espécies mais encontradas estão o facheiro(Pilosocereus pachycladus), o faveleiro (Cnidoscolus quercifolius), a jurema-preta (Mimosa hostilis), o marmeleiro (Cydonia oblonga), o mufumbo (Combretum leprosum) e o xique-xique (Pilosocereus polygonus).
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